Doppler Peniano

Considerado um dos mais importantes exames para investigar as causas da disfunção erétil, o doppler peniano é atualmente o padrão ouro para diagnóstico de impotência vascular. Este é um exame de pênis realizado com auxílio de um aparelho de ultrassom que utiliza a tecnologia doppler, capaz de verificar e acompanhar a circulação sanguínea dentro dos vasos da área analisada.

Este exame também é conhecido como ecografia peniana com doppler ou ultrassonografia doppler do pênis com fármaco-ereção. A metodologia permite examinar o pênis do paciente de maneira não invasiva, sem uso de radiação e sem causar qualquer tipo de efeito colateral. Além da disfunção erétil, a avaliação permite investigar enfermidades como priapismo, doença de Peyronie e traumas de pênis.

A realização do doppler peniano é indicada para pacientes com queixa e sinais clínicos de disfunção erétil, com suspeita de condições vasculares associadas ao problema. Cabe ao médico urologista avaliar o quadro apresentado pelo homem, fazendo uma anamnese detalhada e entendendo o histórico médico do indivíduo, bem como seu estilo de vida e outros detalhes que influenciam diretamente na saúde sexual masculina.

Caso o especialista identifique evidências de que o paciente apresenta disfunção erétil, sem que a causa do problema fique clara a partir da anamnese inicial, ele deverá solicitar exames complementares e mais detalhados para investigação da alteração. O doppler peniano é o exame indicado quando o médico identifica a necessidade de avaliar a circulação sanguínea do pênis.

Como foi explicado, o doppler peniano avalia a circulação sanguínea do pênis, assim como as artérias cavernosas e dorsais do pênis, fibroses de corpos cavernosos, microcalcificações, deformidades e a estrutura da parede do pênis. A partir desta investigação, é possível identificar condições como:

• Disfunção erétil;
• Doença de Peyronie;
• Traumas penianos;
• Doenças cardiovasculares que colocam em risco a saúde sexual masculina;
• Priapismo.

O doppler peniano pode ser realizado em consultório, associado a um teste de ereção. A avaliação é feita a partir da aplicação de substâncias dilatadoras no pênis, que têm o intuito de facilitar uma ereção e permitir a análise inicial da qualidade de rigidez e tumescência peniana. A agulha utilizada para administrar este medicamento é extremamente fina e é inserida na região lateral do pênis, de modo a tornar o procedimento indolor.

Em seguida, é realizada a ultrassonografia (USG) com o dispositivo doppler, permitindo que o médico obtenha imagens do fluxo sanguíneo peniano. A imagem gerada é colorida, de modo que o especialista consiga ver o caminho do fluxo sanguíneo. Ao todo, o exame de doppler peniano dura cerca de 30 minutos.

Com auxílio das substâncias dilatadoras e aparelho de ultrassom, o doppler peniano é capaz de investigar o fluxo da artéria principal do pênis, chamada artéria cavernosa. O exame também permite medir a pressão de entrada e de saída de sangue.

Com isso, a realização do doppler peniano permite a identificação de uma possível insuficiência arterial com baixa pressão de entrada do sangue ou escape venoso — que é quando o sangue sai muito rápido do órgão, impedindo assim uma ereção de qualidade e que possibilite uma relação sexual satisfatória.

Além do doppler peniano, a investigação da disfunção erétil e demais queixas do paciente em relação a sua saúde e função sexual deve englobar a realização de exames de sangue para avaliar a glicemia, perfil hormonal e hemoglobina. Também são solicitadas avaliações hormonais específicas, permitindo a identificação de alterações na tireoide, bem como outras condições que comprometem a qualidade da ereção, como a disfunção erétil ou a perda de libido do homem.

A realização desses exames complementares ao doppler peniano é fundamental para que o médico tenha um quadro completo das condições de saúde do paciente, identificando assim o tratamento mais adequado para o indivíduo.

O doppler peniano pode ser solicitado e conduzido por um médico urologista, que está apto a avaliar as queixas do paciente e verificar as informações obtidas a partir do exame. Este especialista também se responsabiliza por garantir que o procedimento seja realizado de maneira correta e cuidadosa, de modo que o paciente não sofra nenhum efeito colateral ou intercorrência.