Ejaculação Precoce

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Ejaculação Precoce se caracteriza por orgasmo e secreção de sêmen mais rápidos e sem controle durante o ato sexual, gerando frustração.

Ter Ejaculação Precoce está entre as disfunções sexuais mais comuns no universo masculino e, embora não seja considerada uma doença, pode gerar frustração e impactar diretamente a qualidade de vida do indivíduo. O problema, muitas vezes, faz com que a experiência sexual seja menos agradável tanto para o homem quanto para a mulher, afetando negativamente os relacionamentos.

Embora seja mais comum em adolescentes, em função principalmente das alterações hormonais, também pode afetar indivíduos adultos — sendo que, neste último caso, a condição geralmente está relacionada a fatores psicológicos como estresse ou ansiedade. Dependendo de cada caso, a disfunção pode ser controlada a partir de técnicas, terapias, exercícios e administração de medicamentos. Entenda melhor a seguir!

É uma disfunção caracterizada pela falta de controle voluntário do reflexo ejaculatório, fazendo com que o homem tenha orgasmo e excreção de sêmen mais rapidamente que o considerado normal. A Sociedade Internacional de Medicina Sexual (ISSM) define o problema como a ocorrência de ejaculação em um minuto — ou menos — após a penetração ou, em alguns casos, antes mesmo que a relação aconteça.

O problema também pode ser descrito como pouco ou nenhum controle sobre o momento da ejaculação, que acontece antes do desejado ou de maneira involuntária. Como consequência disso, o indivíduo tem dificuldade em dar prazer à sua parceira ou parceiro — e até para si mesmo. Quando isso ocorre com determinada frequência, o homem passa a apresentar sentimentos negativos em relação ao sexo, sentindo principalmente frustração e preocupação excessiva.

ejaculação precoce manifesta-se a partir de uma série de sintomas que vão além do ato de ejacular mais rapidamente do que o normal, podendo incluir:

  • Dificuldade para manter uma ereção por mais de um minuto;
  • Incapacidade de controlar ou retardar a ejaculação;
  • Frustração, ansiedade, angústia e sentimentos negativos, especialmente em relação ao sexo;
  • Dificuldades no relacionamento;
  • Hábito de evitar o contato sexual ou outras situações de intimidade;
  • Insegurança e baixa autoestima;
  • Insatisfação com a vida sexual.

Diversos fatores físicos e psicológicos podem causar, sendo que muitos deles nem estão necessariamente relacionados a sexo. A maioria dos casos tem relação direta com questões emocionais, especialmente ansiedade e outros transtornos psiquiátricos. Além disso, a disfunção pode ser relacionada com:

  • Experiências sexuais ou amorosas frustradas;
  • Histórico de abuso sexual;
  • Problemas no relacionamento com a parceira;
  • Preocupação excessiva ou sentimento de culpa;
  • Insegurança;
  • Medo de não conseguir satisfazer a parceira.

Alguns casos de ejaculação precoce podem ter origem em fatores físicos, como doenças da próstata, inflamações e infecções, hipersensibilidade peniana, disfunções hormonais, doenças genéticas, distúrbios neurológicos, abuso de álcool e até mesmo uso de determinados medicamentos.

Esta é uma disfunção sexual considerada relativamente comum na adolescência, época em que os homens são especialmente afetados por preocupações relacionadas à falta de experiência sexual e medo de apresentar um mau desempenho. Além disso, esta fase da vida é marcada por muitas alterações hormonais que, associadas à ansiedade, podem acelerar o momento da ejaculação.

No entanto, a ejaculação precoce não é uma alteração exclusiva da adolescência, podendo acometer homens de qualquer idade e até mesmo aqueles que apresentavam um desempenho sexual regular. O problema pode se desenvolver se, por algum motivo, o indivíduo se tornou mais ansioso ou se outros dos fatores causadores da disfunção passaram a se tornar parte de sua realidade.

Em geral, são necessários 3 critérios para que seja considerado o diagnóstico de ejaculação precoce:

  • Ejaculação que sempre, ou quase sempre, ocorre antes ou perto de 1 minuto após a penetração;
  • Incapacidade de atrasar a ejaculação em todas ou quase todas as relações;
  • Presença de consequências negativas para o indivíduo, tais como incômodo, insatisfação, frustração e hábito de evitar relações sexuais.

 

A confirmação do diagnóstico da ejaculação precoce é clínica, e só pode ser feita após uma análise criteriosa do relato do paciente sobre a ocorrência e frequência dos eventos. Com base no depoimento do indivíduo, o médico solicitará exames complementares para confirmação da condição. O autodiagnóstico não é recomendado, uma vez que este distúrbio está relacionado a fatores psicológicos e biológicos, demandando avaliação especializada.

Pode ser curada a partir de um tratamento baseado em psicoterapia para ejaculação precoce e administração de medicamentos. Os fármacos utilizados podem ser de diferentes ações, dependendo diretamente das causas associadas ao problema. Normalmente, também é indicado que o paciente converse com sua parceira sobre o assunto, estabelecendo uma parceria para superar a questão.

Além disso, existem técnicas que podem ser aplicadas de maneira paliativa para ajudar no controle da ejaculação. Uma das mais simples consiste justamente em treinar para conseguir retardar o orgasmo, o que pode ser feito a partir da masturbação. Também podem ser feitos exercícios caseiros de fortalecimento do assoalho pélvico, sempre orientados por um urologista.

Uma vez que esta alteração está associada a diversos fatores, muitos deles psicológicos, não é possível prevenir completamente a ejaculação precoce. Porém, o diálogo com a parceira pode ajudar na redução da ansiedade e do estresse, fazendo com que o ato sexual se torne mais natural.

Muitos homens ficam com vergonha ou até mesmo acreditam que seja besteira procurar um médico para ejaculação precoce, que faça o tratamento e realize o diagnóstico, mas esse tipo de pensamento não deve ser encorajado. Cuidar desta questão é fundamental para garantir qualidade e satisfação na vida sexual do indivíduo, sem que o distúrbio traga prejuízos à autoestima e vida do indivíduo.

O médico urologista é o especialista mais adequado para conduzir uma investigação detalhada a respeito dos fatores que estão desencadeando a alteração, solicitando exames e indicando os tratamentos mais adequados. O uso de medicamentos para ejaculação precoce jamais deve ser feito sem orientação médica adequada.

Existe um tempo mínimo para ejacular?

Não. Cada relação sexual é diferente, variando de acordo com cada pessoa e situação. O tempo até a ejaculação depende de muitos aspectos, incluindo excitação e ansiedade.

Existe diferença entre ejaculação precoce e disfunção erétil?

Sim. As duas condições são diferentes: a ejaculação precoce é uma alteração caracterizada pelo orgasmo após pouco tempo de ereção e estímulo, enquanto a disfunção erétil é a incapacidade de ter uma ereção. Ambas as alterações levam à insatisfação sexual do casal.

Posso ter orgasmos mesmo com ejaculação precoce?

Sim. Porém, a ejaculação precoce faz com que o homem chegue ao orgasmo muito rapidamente, o que acaba impedindo o desenvolvimento da ação sexual. Como consequência, a condição atrapalha o aproveitamento do sexo e gera frustração.

Apenas adolescentes têm ejaculação precoce?

Não. O problema pode afetar qualquer pessoa com vida sexual ativa.

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